“Não se esquivar”

Alemanha. No seu discurso de posse, o novo ministro alemão das Relações Externas, Heiko Maas, ressaltou a crescente responsabilidade da Alemanha no mundo. Ninguém necessita de uma política externa alemã que se sobrestime, declarou o político do SPD na cerimônia de transmissão do cargo no Ministério das Relações Externas. «Mas também errada, e nessa situação mundial provavelmente ainda mais perigosa, é uma política externa que se esquiva».

Há “uma ruptura entre aqueles que defendem o cosmopolitismo e aqueles que desejam retornar ao isolamento e ao nacionalismo”. Essa ruptura também marcará a política externa alemã nos próximos anos. Há que deixar claro: “A sociedade aberta ainda é a melhor base para a paz, os direitos humanos, o bem-estar e o desenvolvimento”. E, por isso, não se deve temer a controvérsia, quando esses valores básicos forem questionados dentro da União Europeia.

Maas também destacou, no seu discurso de posse, a candidatura alemã a um mandato no Conselho de Segurança da ONU por dois anos a partir de janeiro de 2019. A responsabilidade pela política de segurança é uma tarefa central da política externa, afirmou. A decisão é esperada na primavera setentrional. A Alemanha candidata-se a uma das dez cadeiras no Conselho de Segurança, que são ocupadas apenas temporariamente. Cinco potências com direito a veto são membros permanentes no mais importante grêmio da ONU: EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França.

Heiko Maas nasceu em 1966 na cidade de Saarlouis. Ele estudou Direito, foi depois secretário de Estado e titular da pasta estadual do Meio Ambiente no Sarre. De 2012 até 2013, ele foi ministro de Economia do seu Estado, antes de transferir-se para Berlim. De 2013 até 2018, ele fez parte do governo federal anterior, como ministro da Justiça.

Maas é o sétimo político alemão a assumir o cargo titular no Ministério das Relações Externas, desde a reunificação da Alemanha. Ele é sucessor de Sigmar Gabriel.

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