Aprendendo a viver com pandemias
As pessoas na Alemanha estão vivenciando a pandemia de formas diversas. Hoje apresentamos as experiências de um estudante.
Emanuele Savagnone (23 anos), da Itália, estuda composição na Universidade Estadual de Música e Artes Cênicas de Mannheim. Ele veio à Alemanha pela primeira vez em 2016 como bolsista do programa Erasmus e retornou em 2018 para fazer o mestrado, que concluirá este ano.
Como é a sua vida diária na pandemia?
Minha rotina diária é lenta. Participo de todos os meus cursos on-line. Antes, eu estava acostumado a interagir muito com outros estudantes e viajar relativamente muito dentro da Europa. Mesmo depois de todos estes meses, ainda é um momento difícil e eu acho que é especialmente deprimente para os jovens, especialmente os estudantes que vivem sozinhos e no exterior como eu. É estressante estar sozinho quase o tempo todo. Pelo menos eu tenho sorte de haver outros estudantes vivendo no meu prédio, assim podemos nos encontrar pelo menos de vez em quando. Mas entendo, é claro, que as restrições são absolutamente necessárias.
Sem minha bolsa de estudos do DAAD teria sido muito mais difícil.
Como a pandemia afeta seus trabalhos como estudante?
No início eu trabalhava como regente de coral, mas isso é impossível na pandemia. Ainda sou bolsista do DAAD até este mês e esperava que meu trabalho como regente de coral continuasse depois disso. Sem minha bolsa de estudos do DAAD teria sido muito mais difícil. Mas recentemente encontrei um trabalho que eu talvez possa começar: produzir vídeos educativos para um lar de idosos, para o que só se necessita de um piano. Eu acho que seria uma grande oportunidade!
Há coisas pelas quais você está grato?
Sim, já há algum tempo eu queria me ocupar com a música eletrônica e ter de ficar em casa todo o tempo acelerou isso.
Quais são seus desejos para o futuro?
Espero que a sociedade aprenda a conviver com as pandemias, porque possivelmente haverá outras pandemias durante a minha vida.
