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Abolição das armas atômicas

A Alemanha deseja um mundo sem armas atômicas – mas escolhe um caminho diferente dos portadores do Prêmio Nobel da Paz da ICAN. Estes são os motivos. 

06.12.2017
Protesto contra armas atômicas em Berlim
Protesto contra armas atômicas em Berlim © dpa

Em 10 de dezembro de 2017, a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN) recebe, em Oslo, o Prêmio Nobel da Paz. Quando o Comitê Nobel divulgou a sua decisão, o ministro alemão de Relações Externas, Sigmar Gabriel, foi um dos primeiros a parabenizar. “Esse prêmio é expressão do reconhecimento do trabalho da ICAN e todas as outras organizações, que se empenham por um mundo livre de armas nucleares”, afirmou Gabriel. Isso mostra como o Comitê do Prêmio Nobel tem consciência da crescente ameaça através das armas atômicas. A Alemanha compartilha a meta de um mundo sem armas atômicas, mas nem sempre está de acordo sobre o caminho para alcançar tal objetivo. Um resumo das divergências de opinião e dos pontos de vista comuns.

A ICAN também está presente na Alemanha?

Sim, a seção alemã é uma associação de utilidade pública, registrada desde 2014, e membro da aliança global da ICAN, que reúne mais de 450 organizações em 100 países. Até julho de 2017, a ICAN da Alemanha acompanhou o processo que levou ao tratado da ONU para a abolição das armas atômicas. Agora, a organização empenha-se pela assinatura, ratificação e reconhecimento desse tratado – como instrumento para o banimento e a abolição das armas atômicas.

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Em que divergem o governo federal alemão e a ICAN?

A Alemanha não assinou o Tratado da ONU para uma proibição das armas atômicas – e é criticada pela ICAN por esse motivo. Mas o governo federal alemão apoia “o engajamento pelo desarmamento e a meta de um mundo sem armas atômicas”, declarou o ministro alemão de Relações Externas, Sigmar Gabriel. Porém: a Alemanha, que não possui nenhuma arma atômica própria, vê ainda atualmente a necessidade de preservação de uma intimidação nuclear. As iniciativas unilaterais de desarmamento parecem demasiadamente imprevisíveis. 122 países assinaram o tratado de proibição de armas atômicas, mas entre eles não está nenhum dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – China, França, Grã-Bretanha, Rússia ou os EUA.

O que a Alemanha faz na questão do desarmamento?

Na “Iniciativa de Não Proliferação e de Desarmamento” (NPDI), o governo federal alemão coopera com onze outros países que não dispõem de armas nucleares, a fim de insistir pelo progresso do desarmamento nuclear, em diálogo com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Além disso, juntamente com o Canadá e a Holanda, a Alemanha iniciou um processo que deverá levar a negociações acerca de uma proibição da produção de materiais fissionáveis. Ao contrário do tratado de proibição de armas atômicas, os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU participam desse processo.

Entrega do Prêmio Nobel da Paz à ICAN, em 10 de dezembro de 2017

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