Publicar sem fronteiras, estudar virtualmente
Como a revolução digital transforma nossa vida – Parte 5: Ciência

As universidades foram as parteiras da internet; a rede e a digitalização revolucionaram o acesso ao conhecimento. Com poucos cliques, pode-se pesquisar quase tudo. O conhecimento de especialistas também está acessível assim para leigos interessados. E quase não há área de ciência e pesquisa que não tenha recebido novo impulso com a revolução digital. A decodificação do genoma, por exemplo, só foi possível graças à ajuda de computadores; o mesmo vale para complexos modelos na pesquisa climática, na física ou na química. Estudos comparativos nas ciências linguísticas e literárias também usam há tempos ferramentas digitais. As chamadas “humanidades digitais” consolidaram-se até mesmo como novo campo de estudo nas ciências humanas. Para a arqueologia, a digitalização igualmente abriu novos caminhos. O Instituto Arqueológico Alemão está construindo o centro nacional de dados de pesquisa IANUS, que catalogará dados da arqueologia e de ciências correlatas, para depois disponibilizá-los livremente on-line.
O acesso ao conhecimento e sua compatibilidade com a propriedade intelectual ainda é um tema a ser resolvido pelo setor de pesquisa. A ideia de “open access” gera uma reviravolta nos fundamentos: conhecimentos científicos devem – se possível, de forma gratuita – ser acessíveis a todos e não apenas a uma pequena elite de pesquisadores. Reivindica-se isto sobretudo de resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos. A abertura ao conhecimento também é oferecida pelos chamados Massive Open Online Courses (MOOC), que permitem a qualquer um, sem sair de casa, estudar numa universidade de alto nível. Em alguns cursos virtuais, há mais de 100 000 interessados. Na Alemanha, existe desde 2013 a Iversity, uma plataforma de MOOC. Entender as aulas é, porém, assunto particular – como, aliás, sempre foi. ▪