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Três equívocos sobre a digitalização do trabalho

No âmbito do Ano Científico “Mundo do Trabalho do Futuro”, os especialistas desfazem equívocos muito comuns. Três exemplos.

Martin Orth, 09.11.2018
Roboter „Pepper“ kommuniziert mit Journalisten und Gästen in der Ausstellung „Out of Office“
© dpa

1. Os robôs roubam o nosso trabalho.

Os fatos contradizem isso”, diz Jens Südekum, professor de Macroeconomia Internacional na Universidade Heinrich Heine de Düsseldorf. Ele pesquisou a influência dos robôs industriais sobre o mercado de trabalho alemão. De 1994 até 2014, foram instalados 131.000 robôs na Alemanha. Isso levou a uma redução de cerca de 275.000 empregos de tempo integral. Essas perdas, no entanto, foram completamente compensadas através de novos empregos fora da indústria, principalmente no setor de prestação de serviços ligados à economia. Os robôs transformaram sim a estrutura da ocupação, mas não o número total dos empregos.

2. As máquinas assumem o pensamento para nós.

A inteligência artificial ainda está muito longe da inteligência humana”, diz Jens Redmer da Google Deutschland. A inteligência artificial já assume hoje muitas atividades no mundo do trabalho: através das máquinas e dos sistemas on-line muitos processos são otimizados e difíceis tarefas físicas são facilitadas. Apesar disso, o ser humano sempre tem de decidir, como e onde deverá ser empregada a inteligência artificial.

3. O uso da mídia social nos torna tolos.

Os terríveis cenários sobre efeitos supostamente fatais das redes sociais sobre o aproveitamento escolar são infundados”, diz o professor Markus Appel, psicólogo e titular da cátedra de Comunicação de Mídia na Universidade Julius Maximilian em Würzburg. Com cientistas das universidades de Würzburg e de Bamberg, ele avaliou 59 estudos individuais de todo o mundo sobre a relação entre o uso da mídia social e o aproveitamento escolar. Eles não encontraram nenhuma prova empírica para a tese de que um uso intenso de Snapchat, Instagram ou Facebook prejudique o nível de formação e a capacidade de aproveitamento.

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