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Como a Alemanha apoia a Ucrânia

A Alemanha responde ao ataque de Putin à Ucrânia com um pacote de sanções rigorosas e o fornecimento de armas.

28.02.2022
O chanceler federal Scholz depois de um discurso televisionado
O chanceler federal Scholz depois de um discurso televisionado © picture alliance/dpa/AP/Pool

O governo alemão condena veementemente o ataque à Ucrânia e está reagindo com medidas sem precedentes. Juntamente com seus parceiros na União Europeia, a Alemanha adotou um pacote abrangente de sanções. O governo garante à Ucrânia seu total apoio e também está fornecendo armas para o país. Ao mesmo tempo, o chanceler Olaf Scholz responsabiliza diretamente o presidente russo Vladimir Putin pelo ataque: “Esta guerra é a guerra de Putin”.

“Estamos vivendo uma virada dos tempos”

Numa declaração governamental no Parlamento Federal, o chanceler Scholz acusou o presidente russo de “iniciar a sangue frio uma guerra de agressão”. “Estamos vivendo um momento decisivo”, disse Scholz. Isto significa que “o mundo depois disso não é mais o mesmo mundo de antes”. Em essência, disse ele, a questão é “se podemos violar o direito, se permitimos que Putin volte os relógios para o tempo das grandes potências do século 19, ou se reunimos forças para impor limites a belicistas como Putin”. Scholz já havia responsabilizado o presidente russo pessoalmente pela guerra num pronunciamento por televisão aos cidadãos.

“Temos de apoiar a Ucrânia nesta situação desesperadora”.

O chanceler Scholz e também a ministra das Relações Externas Annalena Baerbock asseguraram à Ucrânia a total solidariedade da Alemanha. “Temos de apoiar a Ucrânia nesta situação desesperadora”, disse Scholz numa sessão especial do Parlamento. O governo alemão decidiu, por isso, fornecer armas à Ucrânia para a defesa do país. “Não poderia haver outra resposta à agressão de Putin”, disse Scholz. A ministra das Relações Externas Baerbock expressou-se de forma semelhante: “Se nosso mundo é diferente de antes, então nossa política também deve ser diferente”.

“Putin, não o povo russo, escolheu a guerra”

Na sua declaração governamental, o chanceler Scholz também louvou as pessoas na Rússia, que protestam contra as ações de Putin. A Alemanha também apoia “todos aqueles na Rússia que corajosamente fazem frente ao aparelho de poder de Putin e rejeitam sua guerra contra a Ucrânia”. Os protestos nas cidades russas exigem “grande coragem e grande bravura”. No Parlamento Federal, Scholz enfatizou explicitamente a importância da diferenciação: “Putin, não o povo russo, escolheu a guerra”.

Pacote de sanções sem precedentes para atingir a economia russa

Após o ataque à Ucrânia, a Alemanha, a União Europeia, mas também os EUA e outros países impuseram sanções. Por exemplo, os bancos russos devem ser excluídos do sistema de comunicação financeira internacional Swift, a fim de cortá-los dos fluxos financeiros internacionais. As sanções também são dirigidas contra o Banco Central da Rússia. Outras medidas se aplicam aos setores de transporte e energia. As sanções também são dirigidas diretamente contra o presidente Vladimir Putin e o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov. Bens de ambos os políticos, que possam estar na EU, deverão ser congelados.

Proteção dos países da OTAN na Europa Oriental

Após o ataque à Ucrânia, o chanceler Scholz deixou inequivocamente claro que a Alemanha mantém sua obrigação de apoiar a OTAN “sem nenhuma dúvida ou restrição”. “O presidente Putin não deve subestimar nossa determinação de defender cada metro quadrado de território da Aliança junto com nossos aliados”, disse ele na sua declaração governamental. As Forças Armadas alemãs já estão expandindo seu apoio aos países da OTAN na Europa Oriental. A OTAN decidiu deslocar unidades da sua força de reação rápida para o Leste.

Claramente mais investimentos em segurança

O governo alemão quer fortalecer as Forças Armadas e aumentar maciçamente os gastos da Alemanha com a defesa para isso. Um “fundo especial” único de 100 bilhões de euros deverá ser criado em benefício das Forças Armadas. Além disso, mais de 2 % do Produto Interno Bruto deve ser investido na defesa a cada ano. “Uma coisa é clara: devemos investir significativamente mais na segurança de nosso país, a fim de proteger nossa liberdade e nossa democracia desta forma”, disse Scholz. Este é um “grande esforço nacional”.

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