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Coragem e resistência

75º aniversário do atentado de Stauffenberg, em 20 de julho: a resistência contra o nazismo teve muitas facetas. Um visão geral.

Stephan Malinowski, 30.01.2024
Memorial da Resistência Alemã em Berlim
Memorial da Resistência Alemã em Berlim © dpa

A imagem da resistência alemã, após a subida de Hitler ao poder em 1933, é variada. Uma grande maioria da população alemã apoiou o regime de Hitler até 1945. Mas alguns grupos ofereceram resistência. Eles eram compostos de homens e mulheres de diferentes origens, profissões e orientações – entre eles, operários, oficiais, civis, estudantes e nobres. A resistência inicial e mais persistente contra o nazismo foi oferecida por grupos, contra os quais o regime nazista agiu em primeiro lugar: comunistas, socialdemocratas e sindicalistas. Após a aniquilação dessas organizações, seus membros continuaram agindo frequentemente na clandestinidade ou a partir do exílio.

O atentado de Stauffenberg

A figura carismática do oficial nobre Claus Graf von Stauffenberg é tida como símbolo da resistência alemã. O atentado de Stauffenberg contra Adolf Hitler em 20 de julho de 1944 é tido como a mais importante tentativa de derrubada do regime no “Terceiro Reich”. Hitler sobreviveu à explosão da bomba que Stauffenberg depositou em seu quartel-general. Mais de 200 pessoas faziam parte do grupo em torno de Stauffenberg, que apoiou a mais bem planejada de todas as tentativas de golpe de Estado: oficiais e funcionários públicos conservadores, sacerdotes, bem como alguns socialistas. O atentado é o mais conhecido, mas não foi o único contra a vida de Hitler. Até 1945, o ditador sobreviveu a pelo menos 39 atentados.

Claus Graf von Stauffenberg
Claus Graf von Stauffenberg © dpa

A resistência invisível contra o regime nazista

Os adversários do regime agiam de forma variada por conta própria: em Berlim, o casal Elise e Otto Hampel distribuiu desde 1940 cartões postais e folhetos, que conclamavam à resistência contra o nazismo. A “Rosa Branca“ é conhecida hoje: o grupo de estudantes muniquenses em torno de Hans e Sophie Scholl, que foram flagrados na distribuição de panfletos. Em 22 de fevereiro de 1943, os irmãos Scholl e outros correligionários foram executados.

Importantes foram também formas menos visíveis da resistência: organização de redes subversivas de informação, oferecimento de esconderijo a perseguidos, a falsificação de passaportes para cidadãos judeus, divulgação das notícias da BBC, distribuição secreta de pão aos trabalhadores forçados estrangeiros, a recusa em fazer a saudação nazista.

O significado histórico da resistência no regime nazista

Apesar do seu fracasso aparente, a resistência contra o nazismo representa a existência de um resto não destruído de humanidade, empatia, coragem e oposição, que sobreviveram até mesmo sob as condições de uma completa dominação. A rejeição peremptória do regime, que unia diversos grupos da oposição, continua sendo a mais importante herança da resistência para a formação da tradição política da Alemanha após 1945.

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