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“Entender a diversidade como normal”

Ali Can engaja-se contra o racismo. Aqui ele narra o que funciona contra isso e o que a tolerância significa para ele.

Protocolo: Maren van Treel , 12.11.2021
Ali Can engaja-se contra o racismo.
Ali Can engaja-se contra o racismo. © Katholische Bischofskonferenz

As pessoas e suas ideias marcam a Alemanha. Com a campanha #GermanyinPerson, apresentamos a vocês diferentes faces da Alemanha. Mostramos como essas pessoas moldam a sociedade com suas perspectivas individuais e diferentes origens.

Ali Can (28 anos) veio da Turquia para a Alemanha com seus pais quando tinha dois anos de idade. Ele se engaja contra o racismo.

“Para mim, tolerância significa dar a outras pessoas, grupos ou pontos de vista o espaço que você também reivindica para si mesmo. Penso que, em comparação com muitos outros países, a Alemanha é muito tolerante com pessoas que não são de origem alemã ou que não são cristãs.

Mas também acredito que na Alemanha ainda existe, em parte, um entendimento ultrapassado de tolerância. Com isto quero dizer que um certo grupo de pessoas – muitas vezes alemães brancos sem antecedentes migratórios – fazem exigências mais elevadas aos imigrantes. Muitas vezes os imigrantes têm de impor-se, antes de serem aceitos como parte da sociedade.

Para combater o racismo, os encontros entre pessoas de origens muito diferentes são úteis, por exemplo, em classes escolares, clubes esportivos, bairros. Onde a diversidade é normal, as pessoas imigrantes são encaradas como parte integrante. No âmbito da minha ‘Linha Direta para Cidadãos Preocupados’, de 2016 a 2018, ofereci às pessoas que tinham medo de refugiados a possibilidade de conversar comigo. Mais tarde, como ‘Migrante de Confiança’, contei minha história às pessoas no centro das cidades. No início de 2019, fundei o ‘VielRespektZentrum’ em Essen, onde pessoas muito diferentes podem encontrar-se diariamente – sejam idosas, jovens, católicas, muçulmanas, refugiadas, homossexuais, com deficiências, sem deficiências. O mais importante é que entendemos a diversidade como normalidade.

Onde a diversidade é normal, as pessoas imigrantes são encaradas como parte integrante.
Ali Can

Para combater o racismo, precisamos também fortalecer as pessoas afetadas. Temos que dar-lhes espaço para contar o que vivenciaram, acreditar nelas e apoiá-las na luta contra o racismo. E é importante que haja mais BIPoC (‘Black, Indigenous and People of Color’) em certas áreas, por exemplo, na política, em posições de liderança nas empresas ou em repartições públicas. Aí eles podem então empenhar-se contra o racismo e encorajar outros afetados a que também aspirem a tais posições”.

Mais personalidades e informações interessantes sobre a campanha, você pode encontrar no nosso canal de Instagram.

© www.deutschland.de

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