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Tendência para a redução do lixo

Na reciclagem, a Alemanha é líder na Europa; agora, há também uma nova tendência para a redução do lixo: a preciclagem.

12.01.2015
© Katharina Massmann - waste prevention

Às vezes, os clichês e a realidade coincidem: a triagem do lixo é tida como tipicamente alemã. E uma conferida nas estatísticas europeias de lixo mostra: quando se trata de reciclagem de lixo, a Alemanha está de fato em primeiro lugar, seguida pela Áustria e pela Bélgica. De acordo com os dados estatísticos da Eurostat, cerca de 65% do lixo é reaproveitado na Alemanha. A cota de reciclagem é de 47% e a de transformação do lixo em adubo é de cerca de 18%. Esta é uma conquista importante e contribui para a preservação do clima e dos recursos naturais. Mas, em todo o mundo, ainda é produzido lixo em excesso, com consequências catastróficas para o meio ambiente. Segundo um novo cálculo de cientistas da Califórnia, somente nos oceanos flutuam mais de cinco trilhões de peças de plástico com um peso total de quase 270.000 toneladas. É tanto lixo, que mal caberia em 38.500 caminhões de lixo, escreveram os autores do estudo, publicado pela revista especializada “Plos One” no final de 2014.

Preciclagem em Berlim

Mesmo no país da reciclagem, a Alemanha, ainda há muito o que fazer quanto à redução do lixo. Pois o melhor lixo é o que não existe. Isto foi também o que pensaram as fundadoras do primeiro supermercado alemão sem montanhas de lixo. No centro do badalado bairro de Kreuzberg em Berlim, as duas moças abriram a sua “startup” no outono setentrional de 2014. Funciona assim: os clientes têm de trazer os seus próprios recipientes. As garrafas, latas ou sacolas são pesadas e depois, na caixa, paga-se pelo peso líquido das mercadorias compradas. O sortimento compreende cerca de 400 produtos até agora: de tofu até fermento em pó, de “body lotion” até pastilhas de dentifrício – tudo é vendido a granel. A filosofia da redução de lixo vale não apenas para o consumidor final, mas também para toda a rede de distribuição. Iniciativas semelhantes a “Original Unverpackt” (“Original sem Embalagem”) existem também em Londres e em Austin/Texas. A “startup” berlinense obteve repercussão internacional, o que é demonstrado, entre outras coisas, pelos comentários de mais de 50.000 seguidores no Facebook e pelas solicitações de “franchising”, provenientes da América do Sul e da Austrália. Seu conceito – os especialistas dão a ele o nome de “preciclagem” – tem duas vantagens, esclareceu em entrevista uma das fundadoras de “Original Unverpackt”, Milena Glimbovski: em primeiro lugar, evita-se desta maneira o lixo das embalagens na compra e, em segundo lugar, as pessoas compram apenas as quantidades que realmente necessitam. 

http://original-unverpackt.de

http://0waste.de

www.umweltbundesamt.de

http://ec.europa.eu/eurostat/waste

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