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“Acreditar nas próprias ideias”

Christoph Burkhardt vive no Vale do Silício. Ele elogia a potencia tecnológica da Alemanha, mas exige também que se tenha mais coragem.

Entrevista: Helen Sibum, 14.09.2020
O reconhecimento facial é uma tecnologia controversa, mas eficaz.
O reconhecimento facial é uma tecnologia controversa, mas eficaz. © picture alliance / Zoonar

Christoph Burkhardt é psicólogo e fundador de empresa. Ele cresceu na Alemanha e vive temporariamente em San Francisco. Nesta entrevista, ele fala sobre os fortes e fracos da Alemanha na realização de novas ideias. 

Senhor Burkhardt, como surgem as inovações?

Frequentemente, as  inovações surgem por causa de pressão. As tecnologias modificam as expectativas dos usuários, os quais exigem das empresas que elas se adaptem. Esse processo é a inovação.

 

Christoph Burkhardt
Christoph Burkhardt

Qual seria um exemplo?

Aqui, em San Francisco, a identificação é um grande tema. O interesse das lojas é reconhecer que um cliente vem fazer suas compras pela segunda vez. Isto, na Alemanha, ainda não está em voga por causa da proteção de dados. Aqui, as pessoas se acostumam com isso. E quando alguém se acostuma, não se aceita mais que não se possa ser reconhecido. E isto não somente com respeito ao reconhecimento facial, pois quando faço uma chamada para um número do hotline e eles perguntam o meu nome ou uma sigla, eu fico irritado. Em alguns anos, os usuários não ficarão mais irritados, mas eles procurarão um novo fornecedor.

 

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Na sua opinião, qual é a situação da Alemanha quanto à inovação?

Quanto à tecnologia, a Alemanha está entre os melhores países,  principalmente com respeito ao hardware. E estamos também no topo da lista quanto aos talentos e à formação. O que nos falta é a experiência na construção de modelos de negócio, na comercialização de tecnologias e, sobretudo, na compreensão dos consumidores. A Alemanha é cautelosa demais e não acredita nas suas próprias ideias.

Qual será o efeito da crise do coronavírus sobre as inovações?

Haverá alguns ganhadores. Os restaurantes são um bom exemplo. Muitos deles não sobreviverão à crise, mas haverá lugar para novas ideias. Os gastrônomos combinarão essas novas ideias com novas estratégias de higiene, pois eles sabem que esta não será a última pandemia. O maior erro seria pensar que retornaremos ao mundo de antes do coronavírus. Quem compreender isto poderá usar as mudanças para levar vantagem.

© www.deutschland.de

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