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Mercado de trabalho supera a crise

A pandemia do coronavírus gerou alto desemprego também na UE – contudo, já agora falta mão de obra em alguns lugares

Christina Iglhaut / Sarah Kanning, 30.06.2020
A produção de papel em Brandemburgo está a todo vapor.
A produção de papel em Brandemburgo está a todo vapor. © picture alliance/dpa

O que leva as pessoas a abandonarem a sua ­pátria? Além da situação local de trabalho, a decisão depende muito da oferta profissional no país de destino, segundo o Departamento Federal de Estatística. Graças à boa situação econômica dos últimos anos, a ­Alemanha é atrativa: 2,7 milhões de estrangeiros da UE trabalhavam na Alemanha em 2019. Também Espanha e Itália foram importantes países de destino. Não se sabe como a pandemia do ­coronavírus vai influenciar o mercado de trabalho. 

Uma vida profissional com estações em diversos países da UE não é nenhuma ­raridade. Cerca de 9,5 milhões de cidadãs e cidadãos da UE trabalharam num outro país em 2019. O número aumentou em quase 60 % no prazo de dez anos. Uma história de êxito, pois a liberdade de escolha domiciliar dos trabalhadores é uma das quatro liberdades básicas da UE. Para seus cidadãos e cidadãs, ela traz consigo muitas possibilidades: eles podem procurar um emprego num outro país da UE, não necessitam de nenhuma permissão de trabalho e têm os mesmos direitos que os trabalhadores e trabalhadoras nacionais.

A taxa de desemprego na UE, em março de 2020, estava em torno de 6,6 %. A pandemia do coronavírus fez com que aumentasse, mas continua sendo buscada força de trabalho em muitos setores, especialmente na área de enfermaria e saúde. Sem a imigração de fora da UE, a Europa irá envelhecer, a evolução demográfica agravará ainda mais a carência. Na Alemanha faltam especialistas em medicina, engenharia ou TI. Com a nova Lei de Imigração de Especialistas, em vigor desde março de 2020, a Alemanha pretende atrair especialistas de países de fora da UE. O quanto a Alemanha depende também de pessoal menos quali­ficado, por exemplo, do Leste europeu, ficou ­patente na crise do coronavírus: em virtude das restrições de entrada no país, faltaram ajudantes para a colheita. O problema só pôde ser ­solucionado com uma permissão especial: cerca de 80 mil trabalhadores sazonais puderam então entrar no país.

Empresas, bem como trabalhadores na Alemanha, que só podem trabalhar de forma ­limitada durante a pandemia do coronavírus, beneficiam-se da jornada reduzida de trabalho. O modelo já foi empregado com êxito durante a crise econômica e financeira europeia. A Comissão da UE pretende agora ­introduzir um conceito semelhante em nível europeu.

© www.deutschland.de

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