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Entre amor e receio

Os alemães e suas florestas. Aqui, você tem uma pequena contagem regressiva de uma relação emocionante.

Arnd Festerling, 29.09.2023
Encantadora – uma vista cheia de emoção sobre a Floresta Negra
Encantadora – uma vista cheia de emoção sobre a Floresta Negra © picture alliance / Zoonar

As florestas têm uma grande importância na história e cultura alemãs. Um pequeno exemplo de uma contagem regressiva:

A série alemã da Netflix "Dark"
A série alemã da Netflix "Dark" © Netflix/Courtesy Everett Collection / Everett Col

Cinco performances cinematográficas

Como pano de fundo, cenário e protagonista, a floresta desempenha um papel importante em muitas séries de TV alemãs. Ela parece particularmente sombria e assustadora na série da Netflix (“Dark”) alemã. A série de mistério é um dos maiores sucessos da produção alemã em todo o mundo. 

Uma imagem mais realista da floresta é apresentada no documentário da ZDF "Unsere Wälder" (Nossas florestas) e na série de animação "Als die Tiere den Wald verließen" (Quando os animais deixaram a floresta), uma coprodução de várias emissoras de rádio de 16 países europeus da década de 1990, na qual os animais da floresta deixam seu habitat destruído pelos humanos.

A floresta serve como pano de fundo para um confronto bélico na série "Barbaren". Nessa produção alemã, foi filmada a história da histórica Battle of the Teutoburg Forest (the Varian Disaster) entre romanos e tribos germânicas na Floresta de Teutoburgo em 9 d.C.

As coisas são mais tranquilas na série culto alemã "Forsthaus Falkenau", que mostra a vida essencialmente idílica e a rotina diária de um guarda florestal e seus três filhos na Floresta da Baviera. 

Cena da ópera Siegfried, em 2008 em Bayreuth, na lendária encenação de Tankred Dorst
Cena da ópera Siegfried, em 2008 em Bayreuth, na lendária encenação de Tankred Dorst © picture-alliance/ dpa

Quatro vezes arte à beira da floresta, com ela e perto dela

 

  1. Johann Wolfgang von Goethe escreveu “O Rei dos Elfos”, sua mais famosa obra lírica sobre o misticismo da natureza: “Quem cavalga tão tarde através da noite e do vento...”
  2. Joseph Beuys deu início, em 1982 na documenta de Kassel, a uma das mais complexas ações artísticas alemãs, um plantio de árvores: 7 000 Eichen – Stadtverwaldung statt Stadtverwaltung (7 000 carvalhos – florestamento municipal em vez de administração municipal).
  3. Richard Wagner dirigiu em 1876 “O Anel do Nibelungo”, o ciclo de óperas de 16 horas, baseado em uma antiga saga, na qual as fases de crescimento da floresta desempenham um importante papel.  
  4. Alexandra cantou em 1968 “Minha amiga, a árvore”, um sucesso sobre a proteção da natureza daquele tempo.

 

Ciência florestal hoje. Silvicultura da Saxônia cultiva árvores que se adaptam à mudança do clima
Ciência florestal hoje. Silvicultura da Saxônia cultiva árvores que se adaptam à mudança do clima © picture alliance / Jürgen Lösel/dpa-Zentralbild/ZB

A história das florestas alemãs em três atos

 

  1. Árvores por todos os lados – no começo da nossa era, de 70 a 90 por cento dos territórios não romanos da Germânia eram florestas. Os germanos tinham as suas aldeias espalhadas por clareias.
  2. Nada de árvores em nenhum lugar – nunca houve tão poucas árvores na Alemanha como entre 1750 e 1850. O consumo de madeira, para a construção de casas, navios e minas e para a queima fez com que as matas fechadas quase tivessem desaparecido por volta de 1800. Naquela época da escassez de árvores começou a glorificação das “florestas alemãs”.  
  3. Reflorestamento – A escassez gera invenção. Entre 1800 e 1815 foi “inventada” uma ciência, a economia florestal, cujo objetivo era salvar as florestas. O conceito de “sustentabilidade” já tinha sido criado um pouco antes pelo saxônio Hans Carl von Carlowitz. A sua ideia era a de não abater mais árvores do que as que cresciam de novo.

 

Cena de um conto de fada em uma casa em Oberammergau na Baviera
Cena de um conto de fada em uma casa em Oberammergau na Baviera © picture alliance / imageBROKER

Dois contos da floresta

 

  1. João e Maria – são abandonados na floresta por seus pais, para que morram lá, caem nas mãos de uma bruxa que come carne humana, mas podem se libertar graças à esperteza de Maria.
  2. Chapeuzinho Vermelho – vai visitar a vovó que mora no mato. Mas a vovozinha tinha sido devorada por um lobo que também engole a menina. (“Oi vovozinha, que boca enorme você tem! É para te engolir melhor”). Um caçador resgata as duas.

 

A tília da aldeia em Schenklengsfeld
A tília da aldeia em Schenklengsfeld © picture alliance / Franz-Peter Tschauner

Uma árvore especial

 

  1. Tília da aldeia – é, em Schenklengsfeld, em Hessen, a mais velha árvore da Alemanha que deve ter 1 250 anos. O recorde mundial é batido pelo abeto “Old Tjikko”, da Suécia, com 9 550 anos. Árvores que vivem em colônia e que têm raízes comuns podem ficar mais velhas ainda, como os choupos-tremedores de Utah que já têm 80 000 anos.

 

Um pinheiro é obrigatório para festejar o Natal
Um pinheiro é obrigatório para festejar o Natal © picture-alliance / Stephan Jansen

Bônus: canção de Natal com árvore

 

  1. O Tannenbaum – é uma canção (popular) de Natal que surgiu pelo menos há 450 anos e que é cantada em toda festa natalina.

 

© www.deutschland.de

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