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O bonde maravilha de Estrasburgo

A falta de dinheiro foi o motivo da construção do bonde. Hoje, ele é um exemplo para todo o mundo.

Romy Straßenburg, 03.09.2019
Grandes vidraças e um design agradável. Os bondes de Estrasburgo.
Grandes vidraças e um design agradável. Os bondes de Estrasburgo. © dpa

O negócio com o bonde é, em muitos lugares, como o saudoso disco vinil. Durante muito tempo, a opinião geral era a de que ele já estava fora de moda, ultrapassado por outras técnicas inovadoras e apagado para sempre da memória. Na França, como também em outros lugares, os bondes tinham dominado o trânsito local das cidades na primeira metade do século XX, tendo sido substituídos, nas décadas de 1950 e 1960, pelos ônibus, porque estes eram mais baratos e flexíveis.

Mas na década de 1990, as cidades médias da França não estavam mais suportando o trânsito das ruas e não possuíam meios suficientes para a construção de linhas subterrâneas de metrô. Por isso, elas decidiram construir redes ferroviárias nas ruas. Grenoble e Nantes começaram novamente a construir linhas de bondes. Tomando isso como exemplo, Estrasburgo abandonou a ideia de um metrô, decidindo-se pela reativação do antigo bonde. Mas de um outro bonde! E, até hoje, o bonde dessa cidade na fronteira com a Alemanha é um exemplo de reforma urbana para os planejadores urbanos do mundo todo.

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Uma calçada que corre silenciosa e ecologicamente

A construção dessa rede, que hoje conta com seis linhas de bonde, nessa cidade às margens do Reno, não serve somente para a mobilidade das pessoas. O perfil dessa cidade se transformou completamente. Nos decênios após a guerra, a cidade tinha sido adaptada às necessidades dos motoristas de carros. Agora são os pedestres, os ciclistas e exatamente os bondes silenciosos que começaram a reconquistar essa zona.

Os bondes de Estrasburgo, muito rentes ao chão, foram construídos quase que exclusivamente com grandes janelas. O visual deve dar a ideia de ser uma calçada rolante que desliza sobre os trilhos em vez de andar sobre eles chacoalhando. A extensão da rede de bondes de Estrasburgo, de 46 quilômetros, foi executada em várias fases. Já desde o princípio foram construídas zonas de estacionamento na periferia da cidade, para que os motoristas pudessem chegar nas cercanias facilmente. O aspecto estético também foi tomado em consideração, pois artistas e designers foram encarregados de projetar as estações de bonde e seus elementos gráficos.

De bonde para a Alemanha

A poluição do ar e a poluição sonora diminuem, enquanto a qualidade de vida aumenta. Isto foi o que outros centros urbanos da França ficaram sabendo. O modelo de Estrasburgo serviu de inspiração para outras cidades, como Montpellier, Bordeaux ou Nancy, para projetar seus planos urbanos com base nos bondes. Aliás, os bondes de Estrasburgo viajam, desde 2017, por uma ponte do Reno, chegando até Kehl, na Alemanha.

O que aprendemos com isso?

Os bondes modernos são silenciosos e não poluentes. E todas as vias de trilhos ainda existem. Mas, dependendo do plano, as vias cercadas e os bondes rápidos seccionam as cidades

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